domingo, 3 de outubro de 2010

O VOO DA ÁGUIA!

se águia eu fosse,
voaria na doce
mansidão do teu desejo
percorria o teu céu,
e nele, deixava meu beijo
como se da vida se tratasse.

se águia eu pudesse ser
voaria directo
ao Jardim do Paraíso
e nele, jurava por ti
amor fiel e eterno.
Em voz doce e carinho
confessava de mansinho
ao deus da beleza
o meu segredo.
Adónis morreria de inveja
e jurava igual certeza
por Afrodite... Seu amor
e para meu consolo
haveria eu de negar
repartir tão grande amor
onde o deus da beleza
invejava ser um pouco
de mim... que apenas sou teu.

se águia eu nascesse
faria voo picado
sobre o teu regaço
acalmava meu cansaço
em teu corpo que desejo
e enleava meu abraço
no calor do teus seios.
Nele, aconchegava-me
de mansinho, qual menino
carente de amor que só
tu me podes dar, para
mimo que é meu e teu
num carinho invejado
onde os deuses se sentem
contentes por carinho menor.

se águia eu me fizesse
faria ninho no teu colo
e descansava meu desejo
no calor de um doce beijo
feito de mansidão, como se
a minha vida se esgotasse.

serias a minha pradaria
onde o meu voo e teu olhar
haveriam de se encontrar
num desejo posto em sossego
em praia com areia dourada
beijada por doce mar
com odor a maresia,
para gozo do nosso amor,
do nosso amar
do nosso canto e poesia.

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