quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Democracia em Portugal?: Os medrosos

OS MENINOS DA LUSA APENAS!

Afonso, vem ver o teu país de guerreiros,
por Vós até Lisboa conquistado!
Vem Afonso e trás teus melhores guerreiros,
armados de besta, espada e machado!
Traz também os teus melhores Conselheiros
e todos, em grito e punho cerrado,
sacode este povo indolente,
que se deixa adormecer, Descrente!

Diniz, vem ao teu país de Lavradores,
educados por Vós em homens de Ciência!
Vem Diniz, ouvir teus poetas e trovadores
em Silencio profundo perante a Demência
que varre teu país! Vem e trás os doutores,
em Coimbra estupefactos! Não tragas Iminência,
pois esse, tem sido o nosso Fado.
Vem com Afonso e trás também um machado!

Henrique, volta ao teu país de marinheiros,
Por Vós no mundo embarcados.
Vem e fala dos pescadores-aventureiros
que lançaram rede nos medos propalados
nos agoiros dos Adamastores. Trás teus marinheiros
e junta-os aos guerreiros de Afonso, já perfilados
com os lavradores de Diniz. Esperançados
ficamos, se trouxeres besta, espada e machado!

Carrega tuas caravelas que deram casco ao Renascimento.
E dá mão ao Luís, que pobre, salva a nado o seu canto!
E vem. E trás a bússola que saiu do Humanismo, instrumento
que nos guiará ao fim do teo-centrismo medieval reinante,
enquanto é tempo! Porque no teu país corre um vento
de bolina, essa desgraça programada, para espanto
de quem pensa que vive o Modernismo!
Vem e trás a Bússola, porque à vista, navegamos para o Abismo!

Carrega a Bússola, carrega Afonso, Dinis, Camões,
guerreiros, lavradores e pescadores-navegados!
E não esqueças a besta, a espada e o machado. E depois,
vinde ao país das oportunidades fingidas! Espantados,
haveis de ficar, ao encontrar os meninos de lata. Camões
cantará a fraude destes meninos cromados, transformados
pelas eduardas, em meninos de ouro. Pobre País,
que se deixa enganar...apesar de viver Infeliz.

Vinde e com a besta, a espada e o machado,
fustigai este povo que se lamenta,
chora, critica... e se mantém calado,
dizendo ser este o nosso Fado! Aspergido por água benta,
aceita como fatal este nosso estado,
e espera resignado e não enfrenta
este brilho de ouro... falsificado. Apenas
se fica, pela critica à arrogância obscena
dos MENINOS da LUSA APENAS!

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