OS MENINOS DA LUSA APENAS!
Afonso, vem ver o teu país de guerreiros,
por Vós até Lisboa conquistado!
Vem Afonso e trás teus melhores guerreiros,
armados de besta, espada e machado!
Traz também os teus melhores Conselheiros
e todos, em grito e punho cerrado,
sacode este povo indolente,
que se deixa adormecer, Descrente!
Diniz, vem ao teu país de Lavradores,
educados por Vós em homens de Ciência!
Vem Diniz, ouvir teus poetas e trovadores
em Silencio profundo perante a Demência
que varre teu país! Vem e trás os doutores,
em Coimbra estupefactos! Não tragas Iminência,
pois esse, tem sido o nosso Fado.
Vem com Afonso e trás também um machado!
Henrique, volta ao teu país de marinheiros,
Por Vós no mundo embarcados.
Vem e fala dos pescadores-aventureiros
que lançaram rede nos medos propalados
nos agoiros dos Adamastores. Trás teus marinheiros
e junta-os aos guerreiros de Afonso, já perfilados
com os lavradores de Diniz. Esperançados
ficamos, se trouxeres besta, espada e machado!
Carrega tuas caravelas que deram casco ao Renascimento.
E dá mão ao Luís, que pobre, salva a nado o seu canto!
E vem. E trás a bússola que saiu do Humanismo, instrumento
que nos guiará ao fim do teo-centrismo medieval reinante,
enquanto é tempo! Porque no teu país corre um vento
de bolina, essa desgraça programada, para espanto
de quem pensa que vive o Modernismo!
Vem e trás a Bússola, porque à vista, navegamos para o Abismo!
Carrega a Bússola, carrega Afonso, Dinis, Camões,
guerreiros, lavradores e pescadores-navegados!
E não esqueças a besta, a espada e o machado. E depois,
vinde ao país das oportunidades fingidas! Espantados,
haveis de ficar, ao encontrar os meninos de lata. Camões
cantará a fraude destes meninos cromados, transformados
pelas eduardas, em meninos de ouro. Pobre País,
que se deixa enganar...apesar de viver Infeliz.
Vinde e com a besta, a espada e o machado,
fustigai este povo que se lamenta,
chora, critica... e se mantém calado,
dizendo ser este o nosso Fado! Aspergido por água benta,
aceita como fatal este nosso estado,
e espera resignado e não enfrenta
este brilho de ouro... falsificado. Apenas
se fica, pela critica à arrogância obscena
dos MENINOS da LUSA APENAS!
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
domingo, 3 de outubro de 2010
GERAÇÃO DE SETENTA!
Eis-nos aqui, reunidos, em terras que deram
corpo ao sonho de Henrique!
E os mastros que de daqui foram, carregaram
as velas enfunadas pelos ventos de Ourique,
e por mares e tormentas navegaram,
chegando às costas de Ormuz a Moçambique!
E também, às terras da Guiné, nossa conhecida,
por nós vivida, sentida e muito sofrida!
Eis aqui, o esforço generoso do pós-guerra,
que no principio de década de setenta,
deixou seus pais e amores na sua terra,
por missão que receia e apoquenta,
e por mar sem tormenta navega,
com destino às terras que o sonho acalenta!
E em viagem de incerteza e temor,
chega ao cais em que o Negro é cor!
Geração ordeira, fiel e generosa,
Que de si tudo deu, incluindo a Vida
de forma heróica e corajosa,
perseguindo um sonho de causa perdida
e por ele lutou, de forma digna e honrosa,
e nele, deixou parte de si, Antes da Saída!
Geração, que nunca exigiu nada,
mas, não deve calar-se, maltratada!
Por discurso, que do exílio veio
de fuga dourada, com verbo de salvador.
Discurso, que por medo e receio,
fugiu, porque o sonho implicava Dor.
E hoje, esse discurso, que de fora veio,
decide quem foi herói ou traidor
e ignora a Geração de Setenta
Que a palavra lhe deu, de forma isenta!
Ah! Geração de Setenta!
Como teu esforço tem sido defraudado
por discurso que se aproveita e orienta,
cantado como se fosse o nosso fado!
Ah!... Como a história te censura e lamenta,
Por teu esforço à Retórica o tenhas acorrentado
e em breve, muito breve será ignorado,
esquecido e das escolas retirado!
Ah, Geração de Setenta,
Como o Sonho te lamenta!
angelino
Lançamento
do
Romance
PEDAÇOS DE VIDAS
Homenagem à Geração de 70.
Aos Camaradas mortos em África,
e aos Camaradas falecidos
pós-guerra.
XII ENCONTRO DA 26ª COMPANHIA DE COMANDOS
LEIRIA, 17 DE ABRIL DE 2010
corpo ao sonho de Henrique!
E os mastros que de daqui foram, carregaram
as velas enfunadas pelos ventos de Ourique,
e por mares e tormentas navegaram,
chegando às costas de Ormuz a Moçambique!
E também, às terras da Guiné, nossa conhecida,
por nós vivida, sentida e muito sofrida!
Eis aqui, o esforço generoso do pós-guerra,
que no principio de década de setenta,
deixou seus pais e amores na sua terra,
por missão que receia e apoquenta,
e por mar sem tormenta navega,
com destino às terras que o sonho acalenta!
E em viagem de incerteza e temor,
chega ao cais em que o Negro é cor!
Geração ordeira, fiel e generosa,
Que de si tudo deu, incluindo a Vida
de forma heróica e corajosa,
perseguindo um sonho de causa perdida
e por ele lutou, de forma digna e honrosa,
e nele, deixou parte de si, Antes da Saída!
Geração, que nunca exigiu nada,
mas, não deve calar-se, maltratada!
Por discurso, que do exílio veio
de fuga dourada, com verbo de salvador.
Discurso, que por medo e receio,
fugiu, porque o sonho implicava Dor.
E hoje, esse discurso, que de fora veio,
decide quem foi herói ou traidor
e ignora a Geração de Setenta
Que a palavra lhe deu, de forma isenta!
Ah! Geração de Setenta!
Como teu esforço tem sido defraudado
por discurso que se aproveita e orienta,
cantado como se fosse o nosso fado!
Ah!... Como a história te censura e lamenta,
Por teu esforço à Retórica o tenhas acorrentado
e em breve, muito breve será ignorado,
esquecido e das escolas retirado!
Ah, Geração de Setenta,
Como o Sonho te lamenta!
angelino
Lançamento
do
Romance
PEDAÇOS DE VIDAS
Homenagem à Geração de 70.
Aos Camaradas mortos em África,
e aos Camaradas falecidos
pós-guerra.
XII ENCONTRO DA 26ª COMPANHIA DE COMANDOS
LEIRIA, 17 DE ABRIL DE 2010
O VOO DA ÁGUIA!
se águia eu fosse,
voaria na doce
mansidão do teu desejo
percorria o teu céu,
e nele, deixava meu beijo
como se da vida se tratasse.
se águia eu pudesse ser
voaria directo
ao Jardim do Paraíso
e nele, jurava por ti
amor fiel e eterno.
Em voz doce e carinho
confessava de mansinho
ao deus da beleza
o meu segredo.
Adónis morreria de inveja
e jurava igual certeza
por Afrodite... Seu amor
e para meu consolo
haveria eu de negar
repartir tão grande amor
onde o deus da beleza
invejava ser um pouco
de mim... que apenas sou teu.
se águia eu nascesse
faria voo picado
sobre o teu regaço
acalmava meu cansaço
em teu corpo que desejo
e enleava meu abraço
no calor do teus seios.
Nele, aconchegava-me
de mansinho, qual menino
carente de amor que só
tu me podes dar, para
mimo que é meu e teu
num carinho invejado
onde os deuses se sentem
contentes por carinho menor.
se águia eu me fizesse
faria ninho no teu colo
e descansava meu desejo
no calor de um doce beijo
feito de mansidão, como se
a minha vida se esgotasse.
serias a minha pradaria
onde o meu voo e teu olhar
haveriam de se encontrar
num desejo posto em sossego
em praia com areia dourada
beijada por doce mar
com odor a maresia,
para gozo do nosso amor,
do nosso amar
do nosso canto e poesia.
voaria na doce
mansidão do teu desejo
percorria o teu céu,
e nele, deixava meu beijo
como se da vida se tratasse.
se águia eu pudesse ser
voaria directo
ao Jardim do Paraíso
e nele, jurava por ti
amor fiel e eterno.
Em voz doce e carinho
confessava de mansinho
ao deus da beleza
o meu segredo.
Adónis morreria de inveja
e jurava igual certeza
por Afrodite... Seu amor
e para meu consolo
haveria eu de negar
repartir tão grande amor
onde o deus da beleza
invejava ser um pouco
de mim... que apenas sou teu.
se águia eu nascesse
faria voo picado
sobre o teu regaço
acalmava meu cansaço
em teu corpo que desejo
e enleava meu abraço
no calor do teus seios.
Nele, aconchegava-me
de mansinho, qual menino
carente de amor que só
tu me podes dar, para
mimo que é meu e teu
num carinho invejado
onde os deuses se sentem
contentes por carinho menor.
se águia eu me fizesse
faria ninho no teu colo
e descansava meu desejo
no calor de um doce beijo
feito de mansidão, como se
a minha vida se esgotasse.
serias a minha pradaria
onde o meu voo e teu olhar
haveriam de se encontrar
num desejo posto em sossego
em praia com areia dourada
beijada por doce mar
com odor a maresia,
para gozo do nosso amor,
do nosso amar
do nosso canto e poesia.
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